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segunda-feira, 11 de junho de 2012

História

Segundo o censo de 2010, Minas Gerais possui 853 municípios e uma população de 19.597.330 pessoas. É o segundo estado mais populoso do país e faz fronteiras com Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Bahia, Goiás e Mato Grosso do Sul. Cada região apresenta um pouco a influência dos estados vizinhos, mas sem perder a sua “mineiridade”. Se Minas são muitas, como definiu João Guimarães Rosa, muitos também são os mineiros. Além de ter um pouquinho de cada um dos que fazem fronteira ainda guarda muito da história e da colonização em suas cidades históricas. A “mineiridade” está marcada não só pelos casarões, fazendas e barroco, mas principalmente pelo jeito mineiro de ser. Ser mineiro não é só falar “uai” e “trem bão”, é ter aquele jeitinho “come quieto”, é tomar uma cachacinha e ter uma culinária rica e que conta um pouco da nossa história. Um exemplo disso é o feijão tropeiro. Não afirmo que ele tenha surgido em Minas Gerais, mas foi lá q
ue se tornou característico. A palavra “tropeiro” deriva de tropa, numa referência ao conjunto de homens que transportavam gado e mercadoria no Brasil colônia. O transporte era feito no lombo de mulas e podiam durar semanas. A descoberta do ouro e de diamantes foi responsável por um grande afluxo populacional de paulistas, portugueses e escravos para a região das Minas Gerais. Aqueles que migraram para a região se dedicavam a mineração, deixando a agricultura de lado, o que fez com que o transporte tanto dos produtos manufaturados que chegavam de Portugal, quanto dos gêneros agrícolas fossem realizados no lombo de animais e se tornassem extremamente importante para o abastecimento da população daquela região. Para alimentar essas tropas de forma prática e rápida durante as viagens era colocado em um caldeirão o feijão quase sem molho misturado à farinha de mandioca, toucinho, carne de sol, linguiça, tempero e couve picada. Assim surgiu o feijão tropeiro, um prato simples composto de alimentos não perecíveis que podiam ser carregados por longos dias de viagem e preparados por homens em acampamentos improvisados. Além de consumido em Minas Gerais, hoje o feijão tropeiro é destaque em vários restaurantes mineiros aqui em São Paulo e geralmente é servido acompanhado de arroz, lombo, torresmo e couve. Mas não vou falar dos restaurantes mineiros em São Paulo agora, pois renderá um novo texto… Ficou com vontade de comer? em outra página segue a receita do feijão tropeiro que era servido no Mineirão – era porque o estádio está sendo reformado para a Copa 2014 e não se sabe se depois ele continuará no cardápio dos jogos. Acabar com essa iguaria seria um disparate, pois a família da Dona Vina, que era responsável pelo restaurante, serviu essa especialidade lá por mais de 30 anos.

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